Curso de Fotografia analógica intitulado FOTOGRAFIA E LABORATÓRIO P&B
[INTRODUÇÃO] no SESC POMPEIA com o professor EDISON ANGELONI foi
uma das experiencias mais marcantes para Crys Fischer Fontana. O ponto alto é o
Controle da ansiedade que a sociedade contemporânea imediatista nos conduz.
Reaprender a: Olhar, selecionar, escolher, analisar o quadro, luz, foco e
velocidade da câmera para depois CLICAR. São apenas 36 fotos no filme! “Cheguei
no curso sem experiencia alguma. Embora a turma fosse heterogenia (alguns
alunos com experiencia) em nenhum momento me senti deslocada. A didática do
professor Edison Angeloni motiva a todos a atingir o objetivo de tirar boas
fotos e literalmente botar a mão na massa em TODOS os processos. Na medida
certa dá o colo e também libera para andar sozinho. Ele ama o que faz e o seu
amor à arte de fotografar nos envolve a todos.
Aprendi a:
1. Conhecer o equipamento CAMERA FOTOGRAFICA REFLEX
MANUAL (não sabia nem sequer ligar a minha câmera), 2. Colocar e tirar o filme
da câmera 3. Enrolar o filme na espiral. Colocar o filme na lata, 4. Manusear a
lata com os químicos de revelação. 5. Revelar o filme 6. Secar o filme. 7.
Escolher na mesa de luz a foto que irá revelar. 8. No laboratório – sala escura
com a luz vermelha aprendemos a refilar o papel 9. “queimar o papel” na mesa
com o equipamento para fazer a prova. 10. Escolher a cor certa da prova para a
ampliação. 11. Colocar o papel nas bacias do revelador, fixador, agua para
lavar a ampliação. 12. Passar o rodo 13. Secar as ampliações. 14. Olhar
encantada a foto ampliada!
Toda esta experiencia foi marcante por que botei a
“mão na massa” e aprendi novamente a lidar com o “desconhecido”. Assumir todos
os erros e acertos do processo. O processo solitário de balançar a lata na
revelação e a imersão do papel no químico e ver a imagem fotografada se formar
é uma experiencia mágica! Experiencia rara nos dias de hoje onde tudo é
desmitificado.
Este ritual da fotografia analógica faz bem para a
alma!
E como se tratar de algo em extinção. Cada vez menos
equipamentos (câmeras fotográficas usadas e antigas), filmes e papel
fotográficos caros, laboratórios escassos, etc. gera um sentimento de uma
rara fraternidade entre os adeptos deste tipo de atividade. Senti durante o
processo um coleguismo ímpar e uma união tocante. Atualmente estamos
desacostumados a gentilezas e a energia de grupo com objetivos comuns. Me senti
numa ilha onde a arte do fotografar analógico fosse além das aspirações
individuais e o resultado satisfatório do grupo fosse a alegria de todos. Amei
a experiencia e agradeço a todos os envolvidos.
Ao SESC POMPEIA meus parabéns pela estrutura do
laboratório, pelo material humano do professor e demais envolvidos nesta
experiencia inesquecível!
(Cristiane M.F.Fontana. 1º semestre de 2017)