Sou de uma geração com algumas características que foram se
perdendo com o tempo e somos, por termos vivido mais, considerados
estranhos.
Vou citar o meu caso, Emilio, depois meus contemporâneos, Duga e
Paglia. Nós todos vivos, ATUANTES e casados com mulheres bem mais novas (eles
com a diferença de 22 e 25 anos e eu 35 anos mais velho que minha esposa), o
que era costume na nossa geração.
Aí vai um manifesto que é mais ou menos a soma de nós três que
ainda somos amigos de décadas e trocamos figurinhas.
Se algum de nós faz um carinho na nossa mulher em público há um
rebuliço, os homens da geração com 60 anos nós olham com fúria ou pretendem
passar a mão na bunda da nossa mulher, temos que estar alerta o tempo todo, em
público? Não! Em família também!
O Duga foi a uma reunião de família, por estes dias e encontraram
com o marido de uma prima de sua mulher, o Duga foi procurar uma cerveja quando
então o filho de uma puta avisou que está se separando e deu uma cantada na
mulher do meu amigo. Em plena reunião de família o cara quer tomar a mulher do
outro só porque é velho...
Tá certo que na nossa idade o nosso aspecto físico não é dos
melhores. Acho que ele não sabe que existe sim sexo e dos bons na velhice, alto
lá!!! Os tempos são outros.
E o Paglia, engenheiro atuante, numa reunião de família recente, numa chácara “chiquérrima”, o cunhado do filho do Paglia, tudo família... aproveita que a mulher do meu amigo vai a “toilette”, num gesto de assédio, agarra-a pelo braço “vem que eu vou te mostrar a reforma que minha irmã Bettina, fez neste quarto”. Pergunto será que a mulher de um idoso tem que passar por esse constrangimento? Claro, ela se desvencilhou, mulher bonita forte e decidida passou o resto da noite grudada no marido. E o desrespeito não pára aí.
Imagina o Paglia, que pesa 130 kg, calça 42 e tem uma mão que parece uma pá carregadeira e vem a enfermeira no exame de sangue e diz “estende a mãozinha, não vou machucar o bracinho ,depois eu cuido do pezinho” Inho! Inho, o caralho porra! Tudo o que está neste manifesto mostra que a sociedade quer que o velho desapareça, pois tenta mostrar que ele é insignificante, por isso que o ignora ou o minimiza.
E o Paglia, engenheiro atuante, numa reunião de família recente, numa chácara “chiquérrima”, o cunhado do filho do Paglia, tudo família... aproveita que a mulher do meu amigo vai a “toilette”, num gesto de assédio, agarra-a pelo braço “vem que eu vou te mostrar a reforma que minha irmã Bettina, fez neste quarto”. Pergunto será que a mulher de um idoso tem que passar por esse constrangimento? Claro, ela se desvencilhou, mulher bonita forte e decidida passou o resto da noite grudada no marido. E o desrespeito não pára aí.
Imagina o Paglia, que pesa 130 kg, calça 42 e tem uma mão que parece uma pá carregadeira e vem a enfermeira no exame de sangue e diz “estende a mãozinha, não vou machucar o bracinho ,depois eu cuido do pezinho” Inho! Inho, o caralho porra! Tudo o que está neste manifesto mostra que a sociedade quer que o velho desapareça, pois tenta mostrar que ele é insignificante, por isso que o ignora ou o minimiza.
Milhares de velhos são como nós profissionais atuantes no mercado
de trabalho vítimas de uma sociedade despreparada para nos receber. Gente que
se diz especialista no assunto e que não passam de amadores que vão buscar
soluções lá do tempo da vovó e que não se prestam aos dias de hoje.
Tem que ser trabalhado o respeito, a consideração, o acesso ao
trabalho, à produtividade, ao amor e SEXO, ao direito de ir e vir e
principalmente o direito de decidir o que é bom para ele e mais, que se
respeite as nossas mulheres por que se as temos é por que nos queremos.
Sofremos “bullying”. Somos esquecidos, excluídos e o mais
GRAVE, vítimas de palpiteiros de plantão. Sempre tem alguém disposto a dar
conselhos inúteis. Na hora de estar presente no dia a dia são raros os que
estão prontos a colaborar, mas na hora de encher o saco sempre tem alguém atrás
da moita.
Como se vê ao fim deste manifesto não é bastante a recente lei da
“prioridade especial” para os maiores de 80 anos...
Alto lá. Vamos todos rever os velhos conceitos sobre a 3ª idade!
Emilio Fontana (Comunicador e diretor ATUANTE em Teatro Cinema e
TV) MANIFESTO DO IDOSO por Emilio Fontana. “Inho! Inho, o caralho porra!”
São Paulo, 03 de Janeiro de 2018.
São Paulo, 03 de Janeiro de 2018.
Em tempo: oportunamente publicarei novos relatos sobre
assuntos voltados para:
1. A mulher idosa.
2. Os idosos “nômades” que vivem de casa em casa.
3. Os idosos “não lúcidos” que sofrem gozação e desrespeito.
4. SEXO dos bons na 3ª idade.
5. Medos e a necessidade de se viver intensamente.
6. A velhice provável em 2 décadas futuras. A sociedade
contemporânea está plantando agora o seu futuro com as atitudes do presente.
7. Música COURO DE BOI, clássico sertanejo de raiz. Como estamos
agindo no presente? Qual o modelo absorvido pelos jovens atuais que estarão
cuidando de seus velhos em futuro breve?
8. As mídias sociais e a legião de idosos a margem da sociedade. Os abismos destas pessoas que não estão sendo incluídos na era digital.