CHATÔ - Rei do Brasil de Guilherme Fontes é sucesso! (palmas!)
Nelson Mota,
importante figura do show business, uma referência a quem muito admiro costuma
refletir sobre o quanto nós brasileiros cultuamos o fracasso e o quanto temos
menosprezo pelo sucesso. Essa
é a pecha que “Chatô, Rei do Brasil” recebeu muito antes de estrear: fracasso!
E aí o que aconteceu, o filme deu a volta por cima, e quem engole agora as
bobagens que vaticinou? É fazer cara de paisagem, tirar a cueca, pisar em cima
e gritar “é fracasso, pronto e acabou”. Não quero saber porque o diretor levou
tanto tempo para realizar o filme. O que importa é o que está na tela. Qualquer
sofrimento não vale como resultado final.E o resultado final
foi excelente.Não
vou comentar a respeito da exatidão dos fatos narrados. Não sou historiador,
sou cineasta. Quero falar da qualidade do filme como tal. O nível da produção é
altíssimo com requintes que chamam a atenção, cuidados aliás que tomam tempo de
filmagem, vide como pequeno exemplo a sequência da chegada de Chatô á fazenda
de Vivi. A iluminação minuciosa, usando com coragem o recurso do “chiaro,oscuro” numa mesma cena, postura
que deu grande densidade dramática as várias sequências. A edição cumpre o seu
papel com brilho invulgar, imprimindo na trama ritmo intenso e pulsante Por
outro lado, quanto à direção propriamente dita chamam a atenção como foram
conduzidas com grande felicidade as partes destinadas às cenas de massa. O
diretor demonstra grande segurança e beleza ao conduzir ao que os “registi” chamam de “grosso spettacullo”. O elenco está homogêneo, não se pode fazer
reparos, a direção demonstrou cuidados com todos. Marco Ricca, Andrea Beltrão estão
impecáveis! Parabéns Guilherme Fontes, você realizou um grande filme, um filme
de qualidade internacional. Caro Guilherme
Fontes, você teve coragem e talento para filmar e com certeza vai entrar para a
história cinematográfica. O que resta para os que criticam e não filmam nada? Falar...falar...
falar. Deixe que falem. Vá em frente!Lembre-se: Os cães ladram, mas a caravana
passa.
Aceite o meu abraço emocionado.
Emilio Fontana (Cineasta. 27.12.15. SP/SP)
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