quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Carlão da Vila artista e preto. Duplamente esquecido.

MORTE IGNORADA DE UM ARTISTA. “Quem era ele? Sei lá, além de artista era preto...” artistas só são reconhecidos, quando midiáticos; quanto a negros, então nem se fala. Pois é, Carlos Costa, o “Carlão da Vila” juntou as suas facetas e assim foi ignorado duplamente. Homem de importância absoluta na área da cultura. Foi ator, sambista e animador cultural, sempre presente em eventos de singular importância sócio-política. Tomou o bastão de comando da banda criada por Plinio Marcos, a Banda Bandalha hoje: “BANDA REDONDA”. Bem, chegamos ao ponto. No Velório, presentes apenas eu, minha mulher a atriz Crys Fontana, o líder carnavalesco Candinho, a atriz Valderez de Barros, seu filho Ricardo Barros e mais ninguém. No sepultamento, Candinho e Edson Lima e mais ninguém da área cultural. E o pessoal da banda? E aí, como é que fica Seu Moisés? Ninguém da banda, ninguém? Acho isso uma vergonha, uma vergonha, colegas de alguém que sempre soube valorizar a categoria.
Que papelão! Juro! Não vou ter coragem de olhar na cara de vocês. Ah! Sem falar na classe artística, da qual ele sempre se lembrava entregando em cada Carnaval um troféu pelo destaque no mundo artístico daquele ano...ninguém.
O velório aconteceu em pleno sábado, tempo firme, sem chuva, a partir das 18h00. O enterro domingo de manhã... Nem uma passadinha para abraçar a família??? Vergonha! 

Mas deixa pra lá, adeus Carlão, vá tranquilo, porque você escreveu, com a sua vida, uma página importante de nossa história.

Nenhum comentário:

Postar um comentário