MORTE IGNORADA DE UM ARTISTA. “Quem
era ele? Sei lá, além de artista era preto...” artistas só são reconhecidos, quando
midiáticos; quanto a negros, então nem se fala. Pois é, Carlos Costa, o “Carlão
da Vila” juntou as suas facetas e assim foi ignorado duplamente. Homem de
importância absoluta na área da cultura. Foi ator, sambista e animador
cultural, sempre presente em eventos de singular importância sócio-política.
Tomou o bastão de comando da banda criada por Plinio Marcos, a Banda Bandalha
hoje: “BANDA REDONDA”. Bem, chegamos ao ponto. No Velório, presentes apenas eu,
minha mulher a atriz Crys Fontana, o líder carnavalesco Candinho, a atriz Valderez
de Barros, seu filho Ricardo Barros e mais ninguém. No sepultamento, Candinho e
Edson Lima e mais ninguém da área cultural. E o pessoal da banda? E aí, como
é que fica Seu Moisés? Ninguém da banda, ninguém? Acho isso uma vergonha, uma
vergonha, colegas de alguém que sempre soube valorizar a categoria.
Que papelão!
Juro! Não vou ter coragem de olhar na cara de vocês. Ah! Sem falar na classe
artística, da qual ele sempre se lembrava entregando em cada Carnaval um troféu
pelo destaque no mundo artístico daquele ano...ninguém.
O velório
aconteceu em pleno sábado, tempo firme, sem chuva, a partir das 18h00. O enterro
domingo de manhã... Nem uma passadinha para abraçar a família??? Vergonha!
Mas deixa
pra lá, adeus Carlão, vá tranquilo, porque você escreveu, com a sua vida, uma página
importante de nossa história.
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