Os
governantes são sempre chamados à ordem para resolver o problema do lixo.
Principalmente de córregos e rios entupidos de sujeira de todo o tipo: pneus,
fogões e até sofás. Ora, um jovem se divertindo com alguns amigos dentro de um
carro pode gargalhando, inadvertidamente, atirar uma latinha pela janela. Mas
uma pessoa não pode pegar simplesmente um sofá e jogar no meio do córrego. Ela
precisa de ajuda, de pelo menos mais três que o ajudem. Há um detalhe, não se
reúnem 4 pessoas sem que se marque dia e hora para tal fim. Portanto, são necessários:
a intenção, um plano, uma decisão para a prática de um crime. Aquele sofá
boiando na água, não foi por acaso que esta ali. O cidadão “sabia” o que estava
fazendo. Não há governante neste mundo que consiga reprimir uma ação destas.
Cabe, sim, ao homem a atitude. O chefe Seattle em seu memorável documento
afirma sabiamente: “O homem branco, morrerá em meio aos seus próprios excrementos”
(29.03.2015. Emilio Fontana)
domingo, 29 de março de 2015
quarta-feira, 25 de março de 2015
Celebrar o TEATRO com Sábato Magaldi é Vida!
Celebrar o TEATRO com Magaldi é Vida!
Para o casal Crys e Emilio Fontana estar com Sábato Magaldi
e Edla Van Steen em noite de autógrafo dia 24.03.15 no Sesc Consolação foi
emocionante.
Saudosos de reuniões da “quase extinta” classe teatral este
encontro tornou-se uma celebração.
Pudemos rever muitos amigos: atores, atrizes, cenógrafos,
figurinistas, produtores, diretores e professores da ECA/USP. Os cabelos
brancos e as marcas de expressão causou uma certa estranheza. Afinal, longas décadas
de afastamento. Abraços carinhosos, lembranças do passado, gargalhadas, tratou
de em poucos minutos resgatar aquela energia de quem pertence a um grupo. Somos
todos de teatro!
1192 páginas. “Amor ao Teatro” de Sábado reúne 1188 críticas
de espetáculos realizados no período de 1966 a 1988.
domingo, 22 de março de 2015
Imagens do filme O último vôo do condor. Adeus a Claudio Marzo.
Imagens do filme O último vôo do condor. Direção: Emilio Fontana. Companhia Produtora: Petrus Filmes. Fotógrafo(a): Adriana Mattoso. Identidades: Claudio Marzo. Local: São Paulo - SP
Ano: 1982. "Claudio Marzo SEMPRE ficou em destaque na minha galeria de atores que trabalharam comigo. Hoje 22.03.2015 o céu recebe esse astro!" Emilio Fontana
Ano: 1982. "Claudio Marzo SEMPRE ficou em destaque na minha galeria de atores que trabalharam comigo. Hoje 22.03.2015 o céu recebe esse astro!" Emilio Fontana
O ÚLTIMO VOO DE Claudio Marzo. 22.03.2015
O ÚLTIMO VÔO DE CLAUDIO
MARZO
Claudio foi
um dos grandes atores do nosso tempo. Fez muito pouco cinema, por isso tive a
honra que protagonizasse o meu longa metragem “O Último Vôo do Condor”. Como parte do filme foi rodado na
Bolívia pude conviver, no dia a dia, com uma personalidade generosa que amava o
que fazia. Um raro respeito ao trabalho do diretor (te devo essa) permitindo
que eu alcançasse as metas propostas. Uma enorme preocupação pela família, do
outro lado do continente.
Ator detalhista
ao mesmo tempo, irônico, sarcástico e sempre pronto para fazer amigos.
Chamava-me de “mestre”. O filme ficou pronto e permaneceu a relação de amizade.
Valorizava o meu trabalho de professor de teatro para iniciantes e se dispôs a
vir para São Paulo gravar, a chamada do Curso de Teatro Emilio Fontana (te
devo essa) então parte da campanha que a TV Globo fazia do meu curso,
apoio esse que durou por doze anos.
Claudio
Marzo SEMPRE ficou em destaque na minha galeria de atores que trabalharam
comigo. Hoje 22.03.2015 o céu recebe esse astro!
Deixa em meu
coração uma marca indelével: um raro profissionalismo.
sexta-feira, 13 de março de 2015
Abramovic. A avó da performance. Imperdível. Março no BRASIL.
Performance? Arte experimental?
Hoje “gati e cani” acham que sabem
fazer performance... Marina Abramović é uma artista performática que iniciou
sua carreira na década de 70. Quem exercita a pesquisa/performance deve
conhecer o método Abramovic. Na década de 80 foi para muitos inspiração. Suas
instalações e propostas são intrigantes! É conhecida como a “avó da arte da
performance”. Em 80 quando cursei a EAD/ECA/USP o seu nome e suas reflexões em
artes eram referência. Oportunidade única no brasil e grátis! “O
Método Abramović reúne uma série de exercícios desenvolvidos por Marina
Abramović que exploram os limites do corpo e da mente. A artista convida você a
participar da experiência que começa no dia 10 de março de 2015. Assista ao
vídeo e inscreva-se no Método Abramović. www.sescsp.org.br/terracomunal”
Crys Fischer Fontana e Emilio Fontana recomendam!
Crys Fischer Fontana e Emilio Fontana recomendam!
quinta-feira, 12 de março de 2015
HOJE “GATTI e CANI” DESCONSTROEM. Desconstrução Cultural e o
Consumo. Se você pergunta o que significa a palavra desconstrução... Ninguém
sabe, porém o uso indiscriminado desta palavra nos leva a refletir sobre a
apropriação de termos e a leviandade da utilização. Hoje “Gatti e Cani”
desconstroem!
O que motivou a escrita deste artigo foi o fato de uma
adolescente dizer que havia feito um curso de teatro onde havia aprendido a
“desconstruir” cenas. Perguntei sobre termos técnicos, autores e biografia, ela
porém, desconhecia toda e qualquer referência dramatúrgica.
Cursei Letras e a Escola de Arte Dramática (EAD-ECAUSP) na
década de 80 onde a reflexão sobre o “desconstrutivismo” era uma constante na
época. Presenciei uma discussão na Faculdades de Belas Artes sobre o “tal”movimento
arquitetônico denominado “Desconstrutivismo”. Discutiam sobre construções
alemãs cujas aparências imprevisíveis levavam o observador à reflexão. Este
movimento provocava “caos” visual e propunha mudanças profundas na arquitetura
pós-moderna.
Em Letras e em Teatro estudei Jacques Derrida sociólogo e
discípulo de Heidegger, Roland Barthes
Todo signo só significa na medida em que se opõe a outro signo.
Consolidou esta tese em instigante livro “A Morte do Autor”. O americano Hillis
Miller dizia que “o texto já está de certa forma desconstruído quando vamos
ler. Porque a leitura não deve ser reduzida a idolatria de autores e textos.
Todos esses autores conheciam profundamente o assunto quando
se propuseram a desconstruir. Hoje, porém “Gatti
e Cani” desconstroem! O consumo desenfreado ilude. O acesso fácil a informação
causa uma falsa impressão de cultura. Qual será a conseqüência a médio prazo
desta abordagem superficial?
7 Reflexões. 7 perguntas. Resposta? Quem se habilita?
1. A linguagem alicerça/constrói: o indivíduo desde o início
de sua existência. Hoje: a conversa eletrônica propõe um exercício diário e
constante da violação do vernáculo. Pergunta: a humanidade contemporânea (2015)
conseguirá restituir a linguagem perdida?
2. Privacidade / infância/celular: A privacidade é um
direito a cada dia mais violado. Hoje: nossas crianças estão expostas para
sempre a registros eletrônicos e a exposição inadequada a conteúdos
perniciosos. Pergunta: a humanidade conseguirá regatar infância perdida?
3. Tradição e conceitos: Alicerces teóricos estão sendo
substituídos por pesquisas superficiais. A fragilidade do excesso de informação
proposto pela sociedade de consumo oferece a falsa sensação de “cultura
instantânea”. Profissionais de todas as áreas estão sendo formados com forte
influência do imediatismo. Pergunta: que tipo de gente o consumo está colocando
no mercado?
4. Bens essenciais e bens de consumo: A esbórnia do consumo
desenfreado está dando lugar “na marra” para bens essenciais. Pergunta: O que vale
mais bens eletrônicos ou água e luz?
5. Ética e valores: Em um colapso das estruturas
capitalistas vigentes, onde os valores pessoais e as relações interpessoais
perderam o valor na sociedade contemporânea. Onde as redes sociais e os aplicativos
falsamente preenchem as necessidades de afeto. Pergunta: A sociedade contemporânea
terá subsídios para resgatar estes elos perdidos?
6. Até poucos anos atrás, ano
2000 talvez... tínhamos ainda tempo de contemplação, bate papo, álbum de
fotografia impressa no papel, telefone fixo. Poucas contas para pagar, água,
luz, telefone. Os rituais eram mantidos para “fortalecimento familiar”:
batismo, 1ª comunhão, debutante, formatura, casamento, velório, enterro... Hoje:
A sociedade contemporânea não celebra mais nada. Pergunta: Que tipo de gente
estamos criando?
7. Outro dia comentava com meu
marido Emilio Fontana sobre o futuro. Ele disse que ainda veríamos em futuro
breve esta sociedade capitalista ruir... Só não esperava que seria tão breve...Pergunta:
que tipo de sociedade estamos formando?
Por Crys Fischer Fontana (Brasil. São Paulo/SP. Março 2015)
segunda-feira, 9 de março de 2015
Inezita Barroso
09.03.15 Crys e Emilio Fontana se despedem! Sodade, meu bem sodade! Quanta
sodade vosmicê me traz...
Que
encantamento pude desfrutar na sua companhia durante a produção do espetáculo
teatral “ROMARIA”, o texto era do Miroel Silveira inspirado no conto caipira de
seu pai Waldomiro, a trilha sonora original era de Renato Teixeira e as
ligações entre as cenas era você que as fazia ao vivo dando brilho ao
espetáculo com as canções desse músico genial. Viajamos por 30 cidades... São
Carlos, Salto, Ribeirão Preto, Avaré, Bauru, Batatais...enfim com o patrocínio
e promoção da Nossa Caixa. E a platéia lotada chorava copiosamente. E como
diretor de teatro, como poucos, me orgulho de tê-la no elenco e parte
importante daquele sucesso. Nos meus cursos de teatro sempre me refiro a
Inezita como exemplo de artista. E por falar no meu curso olha como andamos
juntos, lá atrás Zica Bergami, autora de “sua música tema” Lampião de Gás, foi
aluna quando estávamos então no TBC. Não é incrível? Felizmente há pouco tempo
atrás eu e Crys estivemos em sua platéia e após a gravação do programa fomos
abraçá-la no camarim. Não podemos esquecer que durante o trabalho de pesquisa
de sua pós graduação em Teatro Educação, Crys contou com sua competente assessoria
em folclore, tema de seu método de interpretação em teatro para crianças e
adolescentes chamado Fontaninha. O nosso muito obrigado! Que as luzes eternas
de seu Lampião de Gás velem o seu sono! (Emilio
Fontana. 09.03.2015)
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