domingo, 22 de março de 2015

Imagens do filme O último vôo do condor. Adeus a Claudio Marzo.

Imagens do filme O último vôo do condor. Direção: Emilio Fontana. Companhia Produtora: Petrus Filmes. Fotógrafo(a): Adriana Mattoso. Identidades: Claudio Marzo. Local: São Paulo - SP
Ano: 1982. "Claudio Marzo SEMPRE ficou em destaque na minha galeria de atores que trabalharam comigo. Hoje 22.03.2015 o céu recebe esse astro!" Emilio Fontana 






O ÚLTIMO VOO DE Claudio Marzo. 22.03.2015


O ÚLTIMO VÔO DE CLAUDIO MARZO

Claudio foi um dos grandes atores do nosso tempo. Fez muito pouco cinema, por isso tive a honra que protagonizasse o meu longa metragem “O Último Vôo do Condor”. Como parte do filme foi rodado na Bolívia pude conviver, no dia a dia, com uma personalidade generosa que amava o que fazia. Um raro respeito ao trabalho do diretor (te devo essa) permitindo que eu alcançasse as metas propostas. Uma enorme preocupação pela família, do outro lado do continente.

Ator detalhista ao mesmo tempo, irônico, sarcástico e sempre pronto para fazer amigos. Chamava-me de “mestre”. O filme ficou pronto e permaneceu a relação de amizade. Valorizava o meu trabalho de professor de teatro para iniciantes e se dispôs a vir para São Paulo gravar, a chamada do Curso de Teatro Emilio Fontana (te devo essa) então parte da campanha que a TV Globo fazia do meu curso, apoio esse que durou por doze anos.

Claudio Marzo SEMPRE ficou em destaque na minha galeria de atores que trabalharam comigo. Hoje 22.03.2015 o céu recebe esse astro!

Deixa em meu coração uma marca indelével: um raro profissionalismo.

 



sexta-feira, 13 de março de 2015

Abramovic. A avó da performance. Imperdível. Março no BRASIL.


Performance? Arte experimental? Hoje “gati e cani” acham que sabem fazer performance... Marina Abramović é uma artista performática que iniciou sua carreira na década de 70. Quem exercita a pesquisa/performance deve conhecer o método Abramovic. Na década de 80 foi para muitos inspiração. Suas instalações e propostas são intrigantes! É conhecida como a “avó da arte da performance”. Em 80 quando cursei a EAD/ECA/USP o seu nome e suas reflexões em artes eram referência. Oportunidade única no brasil e grátis! “O Método Abramović reúne uma série de exercícios desenvolvidos por Marina Abramović que exploram os limites do corpo e da mente. A artista convida você a participar da experiência que começa no dia 10 de março de 2015. Assista ao vídeo e inscreva-se no Método Abramović. www.sescsp.org.br/terracomunal
Crys Fischer Fontana e Emilio Fontana recomendam!

quinta-feira, 12 de março de 2015

HOJE “GATTI e CANI” DESCONSTROEM. Desconstrução Cultural e o Consumo. Se você pergunta o que significa a palavra desconstrução... Ninguém sabe, porém o uso indiscriminado desta palavra nos leva a refletir sobre a apropriação de termos e a leviandade da utilização. Hoje “Gatti e Cani” desconstroem!

O que motivou a escrita deste artigo foi o fato de uma adolescente dizer que havia feito um curso de teatro onde havia aprendido a “desconstruir” cenas. Perguntei sobre termos técnicos, autores e biografia, ela porém, desconhecia toda e qualquer referência dramatúrgica.

Cursei Letras e a Escola de Arte Dramática (EAD-ECAUSP) na década de 80 onde a reflexão sobre o “desconstrutivismo” era uma constante na época. Presenciei uma discussão na Faculdades de Belas Artes sobre o “tal”movimento arquitetônico denominado “Desconstrutivismo”. Discutiam sobre construções alemãs cujas aparências imprevisíveis levavam o observador à reflexão. Este movimento provocava “caos” visual e propunha mudanças profundas na arquitetura pós-moderna.

Em Letras e em Teatro estudei Jacques Derrida sociólogo e discípulo de Heidegger, Roland Barthes  Todo signo só significa na medida em que se opõe a outro signo. Consolidou esta tese em instigante livro “A Morte do Autor”. O americano Hillis Miller dizia que “o texto já está de certa forma desconstruído quando vamos ler. Porque a leitura não deve ser reduzida a idolatria de autores e textos.

Todos esses autores conheciam profundamente o assunto quando se propuseram a desconstruir. Hoje, porém “Gatti e Cani” desconstroem! O consumo desenfreado ilude. O acesso fácil a informação causa uma falsa impressão de cultura. Qual será a conseqüência a médio prazo desta abordagem superficial?

7 Reflexões. 7 perguntas. Resposta? Quem se habilita?

1. A linguagem alicerça/constrói: o indivíduo desde o início de sua existência. Hoje: a conversa eletrônica propõe um exercício diário e constante da violação do vernáculo. Pergunta: a humanidade contemporânea (2015) conseguirá restituir a linguagem perdida?

2. Privacidade / infância/celular: A privacidade é um direito a cada dia mais violado. Hoje: nossas crianças estão expostas para sempre a registros eletrônicos e a exposição inadequada a conteúdos perniciosos. Pergunta: a humanidade conseguirá regatar infância perdida?

3. Tradição e conceitos: Alicerces teóricos estão sendo substituídos por pesquisas superficiais. A fragilidade do excesso de informação proposto pela sociedade de consumo oferece a falsa sensação de “cultura instantânea”. Profissionais de todas as áreas estão sendo formados com forte influência do imediatismo. Pergunta: que tipo de gente o consumo está colocando no mercado?

4. Bens essenciais e bens de consumo: A esbórnia do consumo desenfreado está dando lugar “na marra” para bens essenciais. Pergunta: O que vale mais bens eletrônicos ou água e luz?

5. Ética e valores: Em um colapso das estruturas capitalistas vigentes, onde os valores pessoais e as relações interpessoais perderam o valor na sociedade contemporânea. Onde as redes sociais e os aplicativos falsamente preenchem as necessidades de afeto. Pergunta: A sociedade contemporânea terá subsídios para resgatar estes elos perdidos?

6. Até poucos anos atrás, ano 2000 talvez... tínhamos ainda tempo de contemplação, bate papo, álbum de fotografia impressa no papel, telefone fixo. Poucas contas para pagar, água, luz, telefone. Os rituais eram mantidos para “fortalecimento familiar”: batismo, 1ª comunhão, debutante, formatura, casamento, velório, enterro... Hoje: A sociedade contemporânea não celebra mais nada. Pergunta: Que tipo de gente estamos criando?

7. Outro dia comentava com meu marido Emilio Fontana sobre o futuro. Ele disse que ainda veríamos em futuro breve esta sociedade capitalista ruir... Só não esperava que seria tão breve...Pergunta: que tipo de sociedade estamos formando?

Por Crys Fischer Fontana (Brasil. São Paulo/SP. Março 2015)

segunda-feira, 9 de março de 2015


 

Inezita Barroso 09.03.15 Crys e Emilio Fontana se despedem! Sodade, meu bem sodade! Quanta sodade vosmicê me traz...

Que encantamento pude desfrutar na sua companhia durante a produção do espetáculo teatral “ROMARIA”, o texto era do Miroel Silveira inspirado no conto caipira de seu pai Waldomiro, a trilha sonora original era de Renato Teixeira e as ligações entre as cenas era você que as fazia ao vivo dando brilho ao espetáculo com as canções desse músico genial. Viajamos por 30 cidades... São Carlos, Salto, Ribeirão Preto, Avaré, Bauru, Batatais...enfim com o patrocínio e promoção da Nossa Caixa. E a platéia lotada chorava copiosamente. E como diretor de teatro, como poucos, me orgulho de tê-la no elenco e parte importante daquele sucesso. Nos meus cursos de teatro sempre me refiro a Inezita como exemplo de artista. E por falar no meu curso olha como andamos juntos, lá atrás Zica Bergami, autora de “sua música tema” Lampião de Gás, foi aluna quando estávamos então no TBC. Não é incrível? Felizmente há pouco tempo atrás eu e Crys estivemos em sua platéia e após a gravação do programa fomos abraçá-la no camarim. Não podemos esquecer que durante o trabalho de pesquisa de sua pós graduação em Teatro Educação, Crys contou com sua competente assessoria em folclore, tema de seu método de interpretação em teatro para crianças e adolescentes chamado Fontaninha. O nosso muito obrigado! Que as luzes eternas de seu Lampião de Gás velem o seu sono!  (Emilio Fontana. 09.03.2015)

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015


DECLÍNIO E QUEDA DO IMPÉRIO CAPITALISTA
Emilio Fontana - janeiro de 2015
Advertência: este título foi inspirado na obra clássica do historiador inglês do século XVIII Edward Gibbon “The Decline and Fall of the Roman Empire”.

Capítulo 1 Roma e a sociedade contemporânea. Roma no seu auge possuía estradas pavimentas e policiadas que permitiam viagens seguras até o extremo oriente, por exemplo. Água encanada, trânsito disciplinado com sinais, por exemplo, de contramão, sem falar num aparato judiciário tão perfeito que serve de modelo até os dias de hoje, coisa que aliás todo o mundo sabe.Uma capacidade de organização e métodos que permitiu instalar no norte da África uma produção gigantesca de trigo que abastecia o império, tanto que acabou recebendo o apelido de “Celeiro de Roma”, isto falando da vida prática, sem tocar no lado intelectual propriamente dito como, a literatura o teatro e as artes em geral, tudo vivo até hoje. Aí a pergunta: como que uma coisa dessas desaba e desmorona e vira nada, vira o caos?

No meu bairro, agora (assim como em outros lugares) lançamentos de edifícios com 30 andares, quatro suítes, quatro garagens e etc.  1 Milhão e meio de dólares. É um luxo que vivemos e que se espalha por todas as camadas da população. Todo o mundo precisa de que tragam um javali assado carregado por quatro serviçais. Repare reservadas as devidas proporções que este é o desejo de toda uma sociedade contemporânea.

Capítulo 2 Antene-se:  temos mais de um celular por habitante deste país... que a cada semestre o modelo do aparelho fica ultrapassado. Minha mulher é resistente a mudanças repentinas e ouviu há algum tempo nossa empregada: “a senhora tem que jogar esse tijolo fora e comprar um aparelho novo, pelo menos igual ao meu...”                        Quer dizer que você não pode mais ficar sossegado no seu canto, por que alguém já vem: “ você não tem wat’s up?”                                             

Capítulo 3 Observe: a crise na OMC, o problema das barreiras alfandegárias, passo a passo ficam insolúveis. Para dar para um, vai ter que tirar da boca do outro. Quem cresceu, cresceu. Você Brasil vai ter que exportar “comodiies”, é... mas a gente queria..., não não tem o que querer. Bota então um brasileiro na presidência da OMC  “AH.ISSO A GENTE BOTA, MAS FICA TUDO COMO ESTÁ”

Tudo está no limite.

Capítulo 4 Note: a crise energética. Há alguns anos atrás, falava-se que a crise do sistema explodiria em 2050. Eu amadoristicamente fiz a seguinte comparação: a água ferve a 100 graus, ta certo, mas eu pergunto quem poe a mão dentro da panela a 70 gráus? E não deu outra, crise da água, crise na  energia, ou a tal da bandeira vermelha na conta de luz que não me deixa mentir?

Capítulo 5 Vamos brincar de comparar: será que a pressão das hordas bárbaras nas fronteiras do Império, que Gibbon aponta, não tem nada a ver com os rolezinhos em shoppings (templos do Capitalismo) e as invasões em condomínios em Paraisópolis? Os arrastões nos congestionamentos?

Capítulo 6 Aí eu visualizo:Os shoppings apagados, sem luz e invadidos, os invasores aproveitam o material das instalações e fazem pequenas fogueiras para cozinhar algo, lê-se no alto “LO A DAS C ECAS”

A Av. 23 de Maio com horários de comboio de  força policial, nas encostas da avenida, milhares de miseráveis,em turba  descem e atacam aquele que passar com seu carro desprotegido do comboio.

Diálogo no edifício de 30 andares:

“Eu compro seu apartamento no 1º andar, dou minha cobertura em troca...”  ...é que o elevador só funciona 2 vezes ao dia e nos andares superiores moram pessoas de maus hábitos e que não fazem questão de usar as escadas que andam cheias de lixo e só têm iluminação natural.

Uma internet como há temos precisa de energia para funcionar, aí vem o colapso e a única forma que sobrevive é o correio de modo primitivo com algo, quando possível escrito à mão. Sabemos que podemos produzir papel em casa e o carvão para escrita existirá em abundância.

Capítulo 7 Um último olhar: a luta de classes. Ora, as greves estão somente reservadas para o setor do poder público. Patrões e empregados estão abraçados aos beijos e abraços contra um inimigo comum, um verdadeiro monstro do mal, o ambientalista:

-- ele quer que eu feche minha indústria, como faço para pagar o meu Esquilo?

-- será que tenho de perder o meu emprego, e as Casas Bahia...?

Mas é inútil, o Capitalismo está já comendo o próprio rabo: o “Declíne” e logo virá “the Fall” , e o que virá depois? Os economistas responsáveis sabem que a queda vem aí, mas o que vem depois ninguém sabe.

Uma visão pessimista? Quem diria que São Paulo fosse virar sertão...

Mas não esquenta a cabeça isso tudo é para 2050...
Emilio Fontana - janeiro de 2015

SAMPA. As abelhas da vizinha entraram em pânico.


Mas as abelhas minhas vizinhas entraram em pânico e começaram a invadir as casas e se acontecer um choque anafilático? Liguei para o Serviço de Controle da Zoonose fone: 011 3397 8900,” não é conosco” depois de nove números um empurrando para o outro chego ao final, com a promessa do encarregado garantindo que seremos atendidos no prazo de 45 dias...Pessoal estamos avaliando erradamente as coisas, os furacões já estão aí, a invasão do mar já está aí, as temperaturas assustadoras estão aí, o degelo nos pólos é um fato, os ursos brancos estão boiando em blocos de gelo. Ninguém liga. Porém o desastre é iminente enquanto isso pode ir comendo sua coxinha sem nenhuma culpa, porque há assuntos mais graves para serem tratados....fui...Emilio Fontana